A era digital mudou a forma que o marketing funciona e a representatividade está em cena. Com a internet, o alcance de uma campanha tornou-se muito maior e mais “compartilhável” do que quando as propagandas eram veiculadas em revistas e outdoors, impactando apenas um seleto grupo de pessoas que comprasse ou passasse em frente ao anúncio.
Essa facilidade barateou os custos, fazendo com que o número de propagandas em circulação seja muito maior e que atinja muito mais pessoas, de diferentes grupos e interesses, mas que são mais seletivas e exigentes, justamente por esse grande número de anúncios que chega até elas diariamente.
Por isso, um ponto importante para a comunicação de uma marca é a representatividade. Há estudos que mostram que os consumidores preferem as marcas as quais se identificam, e também deixam de comprar de marcas que seguem o lado oposto às suas crenças e valores.
Ou seja, as marcas que geram mais conexões de qualidade, que conseguem um retorno, são aquelas que levantam bandeiras de representatividade para o seu público, gerando identificação e se infiltrando no dia a dia dos consumidores de forma espontânea.
Representatividade além do marketing
A representatividade precisa ser vivida pela marca, e não só dita, para que os consumidores se identifiquem e se conectem ao universo da sua marca. Além de comunicar, é preciso agir. De nada adianta dizer que apoia determinada causa sem tomar ações que afirmam o seu posicionamento.
Também é preciso manter o seu posicionamento em todos os pontos da sua organização, se uma marca se refere a si mesmo como sustentável e não aplica políticas de combate ao desmatamento, não estará sendo íntegra. Esse caso pode ainda chamar atenção de uma forma negativa, afastando o público que já tinha uma conexão e identificação com a sua marca.
A importância da diversidade e da inclusão na sua comunicação, que resultam na representatividade, é indiscutível, mas elas devem estar além das propagandas de marketing, é preciso inseri-las na cultura da sua organização, devem conversar com seus valores e estar presente em todos os setores, com incentivo às minorias, para surtir efeitos positivos.
Em resumo, não adianta a sua marca pregar a palavra da diversidade e inclusão enquanto pratica a segregação na hora da contratação. Seus produtos e serviços também devem traduzir a mensagem que a sua marca quer passar, uma marca de cosméticos sustentável, por exemplo, não deve permitir testes em animais.
Temos dois ótimos exemplos de posicionamento e representatividade bem sucedidos, o primeiro é da marca de produtos para a higiene íntima Sempre Livre, que desde o começo tem se posicionado ao lado da liberdade das mulheres, apoiando causas e quebrando tabus ao falar sobre saúde íntima feminina.
Outro exemplo é a Natura, a marca passou por um reposicionamento que fortaleceu os seus valores e deixou ainda mais claro sua atuação nas causas ambientais. O engajamento dessas marcas nas suas respectivas causas faz com o seu público tenha a sensação de pertencimento ao movimento também, sabendo que ao comprar o seu produto ele está contribuindo com a manutenção daquilo que a sua marca defende e representa.
O sucesso é uma consequência dos seu propósito
Esses são exemplos de marcas conhecidas, e até premiadas mundialmente, que vivem os seus propósitos. Os seus posicionamentos são vividos em todos os pontos da organização, trazendo assim a representatividade e identificação com o seu público, deixando claro quais são as suas mensagens e seus objetivos.
Você já pensou quais são os propósitos da sua marca na sociedade, empresária?