Quando você se olha, enxerga vários sonhos e metas que você não está cumprindo no seu dia a dia?
Vivemos em um mundo que o ritmo está cada vez mais acelerado, essa é a cultura do imediatismo. E nós, como mulheres, acreditamos que essa modernidade é ótima para sermos multitarefas e fazermos muitas coisas ao mesmo tempo.
Se equilibrar na corda bamba não pode ser a única solução para a sua vida. A partir da revolução industrial até há algumas décadas, falava-se em “dupla jornada” de trabalho, hoje ela é no mínimo, tripla! Ou seja, você é polivalente, mulher moderna, em algum momento da sua vida já viveu (ou viverá…) este exaustivo trinômio casa/trabalho/estudo.
Se permita falhar
Porque o mundo espera da mulher o que espera de um super-herói, exige dela que ela seja incansável e que tenha força inesgotável para cumprir suas múltiplas tarefas (de preferência de bom humor e impecavelmente bela). Nas entrelinhas, parece não haver espaço para a mulher que falha, para a mulher que chora, que quer colo, que quer não ter que decidir sempre… Parece não haver espaço para a mulher que muitas vezes não sabe o que quer, não sabe o que fazer.
Porque o mundo espera tudo isso da mulher desde seu nascimento. Parece que mulher já nasce mais bela, mais enfeitada, mais especial! E assim passará por sua infância, adolescência, jovialidade, maturidade e terceira idade.
Você pode não ser a mulher maravilha; mas você pode ser uma mulher maravilhosa!
Como ser plena em suas atividades?
1- Deixe a preguiça de lado.
O veneno da preguiça nos impede de fazer coisas simples, como caminhar perto de casa, até planos mais complexos, como um curso de pós-graduação. O resultado de se render a ela é a estagnação. Para a Psicóloga e Coach Iraceles Pires, de São Paulo, a preguiça pode indicar falta de definição na vida. “É característica de quem não consegue se decidir sobre qual caminho seguir ou ainda não parou para pensar no que ganha e no que perde ao tomar uma decisão. Decidir-se é comprometer-se com algo”, diz.
2- Se aceite
Portanto, viver implica estar sujeito a errar. A diferença é que, notando o erro, eu me arrependo, procuro entender as causas que me levaram a agir assim e modifico meu comportamento. A auto aceitação é a chave para realizar mudanças positivas. Então, para se livrar da culpa é necessário perdoar-se, reavaliar os próprios padrões de exigência e romper os contratos que efetivamos no passado”.
3- Crie novos hábitos
Para a Psicanalista paulista Maria Helena, resgatar nosso lado infantil pode ter suas vantagens, porém, ela não acredita em uma fórmula para a felicidade. “Ir atrás das coisas que nos dão prazer é sempre positivo, mas mais importante é combater a cultura da felicidade obrigatória em que vivemos hoje. Permita-se, de vez em quando, conviver com a dor, pois é nela que descobrimos quem realmente somos, para que possamos ser mais felizes amanhã”, afirma.
4- Esteja perto de pessoas com energias elevadas
“Conviver com quem se ama faz crescer em nós o sentimento de pertença, de raiz, nos faz sentir amparadas, conectadas com o outro”, afirma a Psicanalista Maria Helena Saleme. Para a Monja Coen, o encontro, mesmo que breve, pode se transformar num antídoto para combater a aridez cotidiana.
Dessa forma, entende-se que quantidade não é sinônimo de qualidade e amigos não caem do céu. “Temos de cultivá-los, muitas vezes fazendo pequenos sacrifícios em nome do outro”, diz a Psicóloga Ana Maria Rossi, Presidente da International Stress Management Association Brasil (Isma – BR).
5- Dê valor a si mesma
Uma boa maneira de manter as expectativas pessoais em níveis aceitáveis é ter objetivos de vida bem definidos. Para isso, um plano de metas pode ajudar bastante. Coloque no papel aquilo que deseja para curto, médio e longo prazo e como você pretende alcançar esses objetivos. Nunca se esqueça, porém, de ressaltar suas qualidades e de elogiar-se.
6- Foque no presente
O Mestre Espiritual Eckhart Tolle, autor do livro “O Poder do Agora” (Sextante), afirma que se vivermos no imediatismo “a jornada da vida deixará de ser uma aventura, será apenas uma necessidade obsessiva de chegar, de alcançar, de ‘fazer algo’. Você também deixará de ver ou de cheirar as flores ao longo do caminho e não reconhecerá a beleza e o milagre da vida que têm lugar à sua volta quando estiver presente no agora.
Quando o foco recai no futuro, estamos na realidade tentando controlar o desconhecido, evitando qualquer surpresa desagradável. Nesses dois tempos, somos orientados por desejos e medos”, afirma o terapeuta, Instrutor de Meditação Zen e Coordenador do Instituto de Renascimento de São Paulo Khalis Chacel.
É lógico que esse foco não se conquista de um dia para o outro. Mas de acordo com Tolle não precisamos mudar radicalmente o que estamos fazendo, mas sim o modo como fazemos.
O que você acha de colocar em prática essas dicas e buscar ter uma vida mais leve e plena?
Fontes de pesquisa: Psicanalista Augusto Goldoni e site Guiame.